domingo, 13 de outubro de 2013

Monólogo das Mãos



Monólogo das Mãos
Para que servem as mãos?                                                  Ghiaroni

As mãos servem para pedir, prometer, chamar, conceder, ameaçar, suplicar, exigir, acariciar, recusar, interrogar, admirar, confessar, calcular, comandar, injuriar, incitar, teimar, encorajar, acusar, condenar, absolver, perdoar, desprezar, desafiar, aplaudir, reger, benzer, humilhar, reconciliar, exaltar, construir, trabalhar, escrever......

As mãos de Maria Antonieta, ao receber o beijo de Mirabeau, salvou o trono da França e apagou a auréola do famoso revolucionário;
múcio Cévola queimou a mão que, por engano não matou Porcena;
foi com as mãos que Jesus amparou Madalena;
com as mãos David agitou a funda que matou Golias;
as mãos dos Césares romanos decidiam a sorte dos gladiadores vencidos na arena;
Pilatos lavou as mãos para limpar a consciência;
os anti-semitas marcavam a porta dos judeus com as mãos vermelhas como signo de morte!

Foi com as mãos que Judas pôs ao pescoço o laço que os outros Judas não encontram.

A mão serve para o herói empunhar a espada e o carrasco, a corda;
o operário construir e o burguês destruir;
o bom amparar e o justo punir;
o amante acariciar e o ladrão roubar;
o honesto trabalhar e o viciado jogar.

Com as mãos atira-se um beijo ou uma pedra, uma flor ou uma granada, uma esmola ou uma bomba!

Com as mãos o agricultor semeia e o anarquista incendeia!

As mãos fazem os salva-vidas e os canhões;
os remédios e os venenos;
os bálsamos e os instrumentos de tortura, a arma que fere e o bisturi que salva.

Com as mãos tapamos os olhos para não ver, e com elas protegemos a vista para ver melhor.

Os olhos dos cegos são as mãos.

As mãos na agulheta do submarino levam o homem para o fundo como os peixes;
no volante da aeronave atiram-nos para as alturas como os pássaros.

O autor do "Homo Rebus" lembra que a mão foi o primeiro prato para o alimento e o primeiro copo para a bebida;
a primeira almofada para repousar a cabeça, a primeira arma e a primeira linguagem.

Esfregando dois ramos, conseguiram-se as chamas.

A mão aberta, acariciando, mostra a bondade;
fechada e levantada mostra a força e o poder;
empunha a espada a pena e a cruz!

Modela os mármores e os bronzes;
da cor às telas e concretiza os sonhos do pensamento e da fantasia nas formas eternas da beleza.

Humilde e poderosa no trabalho, cria a riqueza;
doce e piedosa nos afetos medica as chagas, conforta os aflitos e protege os fracos.

O aperto de duas mãos pode ser a mais sincera confissão de amor, o melhor pacto de amizade ou um juramento de felicidade.

O noivo para casar-se pede a mão de sua amada;
Jesus abençoava com as mãos;
as mães protegem os filhos cobrindo-lhes com as mãos as cabeças inocentes.

Nas despedidas, a gente parte, mas a mão fica, ainda por muito tempo agitando o lenço no ar.

Com as mãos limpamos as nossas lágrimas e as lágrimas alheias.

E nos dois extremos da vida, quando abrimos os olhos para o mundo e quando os fechamos para sempre ainda as mãos prevalecem.

Quando nascemos, para nos levar a carícia do primeiro beijo, são as mãos maternas que nos seguram o corpo pequenino.

E no fim da vida, quando os olhos fecham e o coração pára, o corpo gela e os sentidos desaparecem, são as mãos, ainda brancas de cera que continuam na morte as funções da vida.
E as mãos dos amigos nos conduzem...
E as mãos dos coveiros nos enterram!

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Albert Einstein



“TEMO O DIA EM QUE A TECNOLOGIA SE SOBREPONHA À HUMANIDADE. ENTÃO O MUNDO TERÁ UMA GERAÇÃO DE IDIOTAS”.
                                                                                                     Albert Einstein




 Coletânea Catolé do Rocha em Muitas Lentes

Livro lançado em  agosto de 2013, na Academia Paraibana de Letras.
Tem prefácio de Antônio Herman Benjamin (Catoleense)
Apresentação pela comissão executiva composta de Ana Lúcia Gomes, José de Oliveira Costa, José Tarcízio Fernandes, Natércia Suassuna Dutra e Sebastião de Oliveira Costa.
Consta ainda à Guisa de Introdução um texto do Secretário Estadual de Cultura, também catoleense, Chico César.
O livro aborda temas da história de Catolé do Rocha, da geografia e da economia daquele município paraibano.

Na Parte I, Denominada Tempo, Espaço e Produção, distinguem-se os tópicos com os respectivos autores:

Um Olhar geográfico (Edna Maria Ribeiro de Medeiros)
Perfil e Formação Econômica de Catolé do Rocha (José de Oliveira Costa)
Apontamentos sobre os primórdios de Catolé do Rocha ( Ricardo Antônio Rosado Maia)
Catolé do Rocha e sua História (Natércia Suassuna Dutra)
Memorial a Nossa Senhora dos Remédios (Josafá de Oliveira Costa)
A Magia de Contar: Reflexões e Análise de Narrativas Orais Contadas por Moradores Catolenses (Adriana Serafim de Lima)

Parte II, Intitula-se Educação, Processo e Atores:

Um Colégio No Alto Da Cidade ( Maria de Lourdes Barreto de Oliveira)
Dona Dasdores: Uma História Em Muitas Vidas (Maria Sady Marques)
As Perólas Se Encontram ( severino pereira)
Colégio Técnico Dom Vital- Ontem, Hoje e Sempre (Francisco Muniz de Medeiros - Frei Marcelino de Santana)
Simplesmente Mulheres (Rita de Cássia Alves Ramalho)

Parte III,  Diálogo com o Passado:

Imagine um Mundo (Ana Lúcia Gomes)
Um Reencontro com a Velha Praça  (Ana Lúcia de Oliveira Costa Santiago)
Catolé: Enigma e Decifração (Luiz Francisco Gonçalves de Andrade)
Um Olhar Social (Sebastão de Oliveira Costa)

Parte IV- Anos 60- O Utópico e o Real

Serra do Capim- A Guerrilha em Preparação (José Tarcízio Fernandes)
História, Cultura e Memória- Resistência e Luta do Movimento Estudantil de Catolé do Rocha (José de Lima Soares)
Catolé do Rocha- 1965-1970 - Política e Movimento Estudantil (Expedito Vieira de Figueiredo)
Combatentes da Liberdade - Movimento Revolucionário estudantil de Catolé do Rocha  (Ubiratan Cortez Costa)

Homenagem ao Mérito

1-     Os Catadores de Algodão- Adalberto Barreto
2-     Louvação- Aldina Almeida
3-     Catolé do Rocha dos Anos 40- Raimundo Nonato Batista


Constam, ainda, notas sobre os Autores e uma Iconografia