quarta-feira, 6 de setembro de 2023

 



Obrigada aos meus seguidores. Adorei !

O contato é muito bom e fiquei muito feliz. O blog estava um pouco parado,

 mas vou tentar dinamizá-lo com o apoio de todos.

Grande abraço para Maruzia e Rosenita.

terça-feira, 5 de setembro de 2023

 

PEREGRINAÇÃO DE NOSSA SENHORA DA GUIA EM JOÃO PESSOA – 2023

13ª Visita

 

        A Peregrinação de Nossa Senhora da Guia neste ano de 2023, como todos os anos, nos traz momentos de  felicidades  e alegrias  quando da sua vinda  até  João Pessoa, nossa capital paraibana, em uma ação de graça, oferecida pela Diocese de Patos, aos filhos e amigos que residem distantes.

        A programação teve início no dia 21 de agosto, com a celebração da missa pelo pároco da Catedral de Patos, Pe. Adailton, conduzindo, em meio a cantos litúrgicos, a imagem Sagrada de Nossa Senhora da Guia, posta com muito zelo em um belo altar, preparado pelo casal Edalmo e Emeline. A cerimônia teve prosseguimento fervoroso e rica homilia, louvores, reflexões e momentos de espiritualidade.

Assim sucedeu-se a visitação de Nossa Senhora da Guia às residências dos patoenses: Leda, Wema, Eliane, Márcia, Erli / Goreti, Toyama /Rienze, Reginalda e Vera.

O acolhimento se deu com muita emoção em todas as casas. Cantos de entrada, evangelhos, louvores, palavras sagradas, sempre pedindo graças a Maria, nossa Mãe, pelas famílias, por uma vida no caminho de Deus, e para que a nossa voz seja escuta perene. Pedimos também que a Virgem da Guia aponte os melhores caminhos, oriente os nossos atos, aumente a nossa força e fortaleça a nossa fé e que no Céu ela seja sempre a nossa luz e guia, iluminando os seus devotos e agasalhando com o seu manto sagrado aqueles que hoje estão no Reino de Deus e vibram com os cânticos dos anjos, em suas harpas sonoras e harmoniosas, sob o olhar da Santíssima Virgem.

 

E assim, são muitas as bênçãos da Imaculada Mãe, Nossa Senhora da Guia, que olha para seus filhos com amor e proteção.  

        Recorreremos sempre a admirável Mãe, nossa Mãe amada, Mãe que nos aconselha, que nos protege e leva nosso canto de amor ao nosso Pai Maior. 

Nos momentos de dificuldade, nas tempestades que enfrentamos na vida, pedimos que olhe por nós, que rogue por nós, que tenha misericórdia, e que encha a nossa vida de esperança, abrande as nossas dores e ajude a alegrar a nossa alma.

Que Maria interceda por nós junto a Deus e que nossas súplicas sejam atendidas. Rogamos a Paz no mundo, o fim da violência e da fome que impera em nossos dias. Rogamos também pelas pessoas sem teto e abandonadas.

        Registramos aqui a Importância da   ladainha inclusa nas 8 noites da novena, onde Cícero e João Victor, dirigentes das orações, conterrâneos e memorialistas de uma terra amada, se transcenderam em adorações, em palavras, em vozes de força e ânimo aos participantes da peregrinação de Nossa Senhora da Guia.

        Gratidão a Diocese de Patos, a todos que receberam a Virgem Santíssima, a Paróquia de São Pedro Pescador, seu pároco, a Coordenadora da Comissão organizadora Roberta Lustosa, Fátima César, Fátima Jansen, Soraya, Vânia, Lúcia e Josean, Cícero, João Victor e todos os filhos e amigos de Patos seguidores e devotos a Nossa Senhora da Guia.

         Que os anjos nos concedam glórias, amor e sabedoria cristã.

“Glória a Jesus eu canto, porque veio ao mundo por Maria, nos salvar”.

       

        Vamos aclamar a Nossa Senhora, hoje aqui a réplica da bela imagem vinda de Portugal, que se encontra no altar da Catedral em Patos e rezar com fé a sua oração:

 

Oração de Nossa senhora da Guia

“Sede Luz e Guia para todos os que invocam. Ajudai-nos a ouvir e a guardar a palavra de Deus. Intercedei pelos doentes, famintos, oprimidos e por todos os que sofrem, e não vos esqueçais dos pobres pecadores”.

                                                                  

 

 

Viva Nossa senhora da Guia! Viva!

Viva  os 13 Anos de Peregrinação

de Nossa senhora da Guia de

Patos a João Pessoa! Viva!

 

 

                         Eliane Dutra Sátiro Fernandes

         

 

       

 

 

João Pessoa 30 de agosto de 2023

 

João Pessoa, 04 de maio de 2023

Carta a Flávio Sátiro (Sásio)

 

            Flávio querido, estou a escrever estas palavras para você, com muitas saudades. Saudades de nosso convívio diário, de suas palavras fortes, de sua voz única e bela, de seus gestos nobres, de sua calma, tranquilidade, seu humor que muitos nem conheciam, mas que me fazia rir e admirá-lo pela forma inteligente como tudo se desdobrava. Saudades também dos seus momentos de silêncio, de reflexões de vida, de onde, geralmente, saía algo muito bom, rico e construído com muita paixão e sabedoria.          

            O mais impressionante era que, a cada final do dia, você me presenteava com coisas magníficas. Presentes como o coração que, de alegria, batia feliz só de vê-lo, como as histórias bem contadas e todas interessantes, os chamados para comentar suas pesquisas ou escritos, o compartilhar dos programas de TV, de filmes de faroeste ou novelas de época, os passeios no shopping ou as viagens divertidas, que você guardava na mente como se tivesse vivenciado naquele momento. E as risadas, fortes e únicas, cheias de alegria, muitas dessas relembrando as peraltices dos filhos, ou falando pelo telefone com algum deles ou com os netos, trazendo alegrias e coisas novas para nós. Você se diferenciava da maioria das pessoas porque nunca falava de ninguém - se assim tivesse esta vontade, faria com humor para a própria pessoa. Assim como os seus passos, você sempre foi muito leve, deixava só rastros de amor, paz e segurança, e que aqui estão marcados como estrelas reluzentes. O vejo a todo momento, só não consigo vê-lo quando as lágrimas embaçam minha visão. Mas o meu coração, mesmo dolorido, sente o seu abraço, o seu calor, com toda aquela doçura sussurrando “beleza!”

            Tudo mudou repentinamente, e você partiu com a mesma calma que sempre o envolveu. Com o mesmo jeito que chegava de mansinho, às vezes me assustando pela delicadeza do andar, sem barulho, sem arrastar o sapato ou chinelão. Assim você foi, sem dizer adeus, sem dizer que já ia partir para tão longe. Agora o procuro e só acho a linda visão de seus gestos, de sua postura sentado no sofá ou na cadeira do quarto, ou em frente ao computador amigo, instalado no seu refúgio da casa. Refúgio esse que eu sempre respeitei, deixava você à vontade nele, para que aproveitasse dos seus momentos privados, de meditações, reflexões, produções e de orações. Sei que agora está em um Palácio Sagrado, florido, multicolorido, com raios de sol e luar adentrando pelos jardins de rosas cheirosas e botões a abrirem para mostrar a verdadeira vida completa e eterna. Lembro do seu poema “A Vida é um Mistério”, onde você se coloca dizendo:

Dizem que a vida tem muitos mistérios.

Oh!, quanto engano,

O mistério é que tem muitas vidas.

Por mais que eu tente matá-lo decifrando-o,

Ele renasce, qual uma fênix,

Das cinzas de seu próprio corpo.

Por isto eu não mais tento decifrá-lo.

Eu me limito a viver o mistério

            Este mistério eu queria entender, descobrir o segredo da vida e poder agradecer.  Foram 55 anos de muita cumplicidade, de muito canto de amor. Os poucos dias nebulosos que passamos, ou dificuldades, foram superados rapidamente, pelo laço forte de amor que nos unia. As orações continuam para você e para que eu tenha forças, orações vindas de familiares e amigos.

            Partilhamos juntos em espiritualidade a sua missa de 7º dia, na igreja de Nossa Senhora de Fátima, onde foi linda e confortante a homilia de Padre Berg. No hospital, você ainda doente, lembramos também que Padre Berg fez orações e dedicou alguns momentos sagrados, o ungiu, dando graça especial para o enfrentamento de suas dificuldades com a saúde. Assim você passou o período da quaresma, como que se preparando para a Páscoa. Assim foi o seu domingo de Páscoa no hospital, com o corpo debilitado, mas com o coração e pensamento na preparação aos céus, na Ressurreição, como foi o Cristo nosso Salvador. No Reino de Deus, para a Vida Eterna.

            Em Patos, muitas missas foram celebradas em sua intenção. Fomos todos assistir à missa no oitavo dia de sua passagem. A Igreja Nossa Senhora da Guia (Sua Santa Devota), com seus cânticos, nos envolveu pelo divino ali presente. Continuamos as orações na casa que lembra toda a sua família e que você sempre nela marca presença. Nesse momento único, todos de mãos dadas e em círculo, pudemos orar mais um pouco, manifestar nossos sentimentos e em meditação nos aninhar na sua alma, agora grandiosa e iluminada.        

            Cantaremos sempre para o Nosso Senhor, cantaremos eternamente a nossa alegria e o tempo de felicidades que passamos juntos. 

            Em razão do seu passamento, nossos filhos, genro, noras e netos foram de uma delicadeza extrema. Chorando, cercaram-nos de carinho, muito amor e continuam neste mesmo ritmo, com cuidados e de braços abertos a nós.  Digo nós, pela luz que emana de uma outra dimensão, com anjos que tocam e exaltam a sua chegada, uma festa que apreciamos com você.

Falando em filhos vamos relembrar os versos que você tão bem poetizou:

                        A lição dos filhos

            Os filhos ensinam uma coisa,

            Podem até ensinar outras.

            Podem mesmo pensar

            Que ensinam tantas mais.

            Porém, de todas as coisas que

            Os filhos possam ensinar,

             Uma só basta:

            Os filhos ensinam que o tempo passa.

            E o tempo passou. Um dia você, admirador de Manoel Bandeira, musicalizou o seu poema, “Consoada”, uma ode à morte, que passo a descrever a letra neste espaço e que certamente vai ser ouvida por muitos em forma de música cantada, que o maestro João Alberto Gurgel enalteceu em vozes de coralistas. Uma peça!

                                                                                        

Manoel Bandeira

Consoada

                   Música de Flavio Sátiro

Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
— Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com os seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar.

 

Neste espaço, coloco também a letra da música “Sonho de Amor”, de Frans Liszt, com letra adaptada por Carlos Santorelli. A canção é de um encanto incomparável.

 

Sonho de Amor de Liszt

Carlos Santorelli

Sonhei com você
Um sonho bom sonhei sim
Um sonho de amor
Feliz fiquei ao ver você sorrir
Um sorriso de amor

E assim eu me senti
O mais feliz no amor
Amor, amor
Meu amor

És tudo para mim
Flor do meu jardim
E eu vivo pra lhe amar

Sonhei sim com você
Sonhei, sonhei, sonhei
Mas foi um sonho acordei

            Quando você lançou o seu primeiro livro de poesias “Geografia do Corpo” fez para mim a dedicatória:

Para Eliane ler, riscar e assinalar as suas preferidas.

Flávio.

            Todas as suas poesias têm um significado muito forte, são belas, algumas românticas, filosóficas, outras críticas ou bem-humoradas. Gosto de todas, porém, uma me faz gritar para o mundo todo ouvir, toca com doçura e segurança a minha alma:

Maternidade

A Eliane

Vagidos de silêncio

Enchem teu ventre

Enquanto esperas ansiosa

O instante de lágrimas

Mas transposto o momento de incertezas,

Descansarás, terna e bela, ao meu lado,

Na contemplação de um novo dia que nasce.

            Nossa história de amor fica gravada para sempre na minha mente, retratada em cores e luzes e escrita com a tinta sangue que circula meu coração. Digo também que como sempre preparei com muita antecedência minhas bagagens de viagens, a do nosso reencontro será ainda mais especial, será cheia de muito amor e de laços de carinhos que unem a nossa linda família. Continuaremos as nossas promessas.

Beijos encantados de sua

Lan, Eliane