domingo, 23 de janeiro de 2022

 

A PRAIA DO CABO BRANCO

Como um quadro, uma tela artística, bela aos olhos, retratamos a maravilhosa praia do Cabo Branco, é dela que dedico esta crônica, é a ela que me esforço para chegar na percepção de sua beleza e calmaria. É a praia do Cabo Branco, que separada das demais praias da Capital,   pelo  busto do Almirante de Tamandaré, saúda os pessoenses e paraibanos todos os dias que Deus lhes Dá.

             A Praia do Cabo Branco, dá vida a  cidade, desperta a alma do seu povo e encanta os seus visitantes, pela força de suas ondas e o canto imaginário das sereias. Os olhos admirados e amigos  percorrem toda a sua orla,parecendo ir ao seu encontro, com a magia e fulgor de um ser, que busca e procura a chama da liberdade e a felicidade sem fim.  

              Olhando vai vendo nas espumas que se esparramam pela areia, banhistas animados , passantes nas sua calçadas, caminhando ou correndo,  bicicletas de todas as cores,  as vezes até os proibidos skates , tudo isso misturado a barraquinhas  oferecendo água de coco doce, e outras bebidas e petiscos vários.

E as crianças que maravilha! Umas em carrinhos com seus pais e irmãos, outras peraltas com bolas e pequenas bikes enfeitadas, babás cuidadosas, cuidadoras de velhinhos atentas,  e idosos relaxando ou fazendo exercícios, com também jovens, em espaços próprios a  movimentos mil.

E lá está também os cachorrinhos de coleiras, felizes com os seus donos, balançando os rabinhos,  por vezes levantando a patinha em algum banco de concreto ou poste encontrado, para o que podemos chamar  de cantinho do alívio canino.

Passeando e caminhando, vamos, e não é que encontramos a histórica casa do ilustre paraibano, escritor e político, José Américo de Almeida, agora transformada em Fundação Casa, para que seja sempre resgatado o seu nome e repassada a outras gerações , o seu exemplo de homem público, que orgulha a nossa Paraíba. Nessas águas verdes ou azuis,  frente a sua casa, gravado nas areias  da praia está o seu nome, sempre banhada pelas ondas que vem e vão, em movimentos sonoros e vibrantes, trazendo junto a saudade de um tempo, que já se fora e o ânimo do tempo que se espera melhor.

Não esqueçamos  do dia alegre do deficiente, do cadeirante, que tem ali em  frente a Fundação o  Projeto de inclusão, que funciona a seu favor, enfrentando os  desafios  e limites e  que sorrindo, vai dominando as águas quentinhas do mar.

                A orla do Cabo Branco, é fechada para carros das 5 às 8 horas da manhã,  possibilitando assim  aos caminhantes mais segurança e tranquilidade.  Os bons hotéis estão ali, pousadas , clubes sociais, restaurantes, lindas casas e edifícios de apartamentos. Acima deles está a Constituição Estadual,  que proíbe a construção de espigões na orla marítima, a partir do quarto andar, em preservação ao meio ambiente.

                Deslumbrados, chegamos a Ponta dos Seixas, cartão postal de nossas praias, pelas rochas que aparecem como cascatas, vivas e iluminadas, mas que atualmente traz lamúrias pelas suas pedras em erosão, lembrando o medo cantado por Raul Seixas, “ Aprendi , o segredo o segredo o segredo da vida,  vendo as pedras que choram sozinhas no  mesmo lugar”. Sonhamos então para que o ar, o vento e as águas façam as pedras sorriem no mesmo lugar.

Na Paraíba, no Cabo Branco fica  o Ponto Extremo Oriental mais alto das Américas, sofrendo com a degradação do meio ambiente, pelo avanço da área com construções inadequadas , sem drenagens, causando danos significativos e penosos. Que a Paraíba, o Cabo Branco, cante e sonhe, toque os  seu tambores, soando lá de cima do Ponto Extremo mais alto das Américas a sua canção de Amor  e felicidade , na mesma altura que merece ser entoada.

Esperemos que políticas públicas inteligentes, que homens fortes e destemidos, que seu povo mais consciente possível,  tenham a ousadia a  coragem e a sabedoria, sentindo o ar  fresco da verde Mata Atlântica que contorna o nosso litoral, vencer as intemperes  do tempo,  preservar enfim a natureza bela de nossas praias , do nosso eterno Cabo Branco, ofuscado pelo seu Farol, que brilha e brilha para todos nós;

 Viva a Paraíba! Viva nossa terra! nossas praias! Cuidemos  e sejamos mais felizes.                                                                                                                    

                                                                                                      Eliane Dutra Fernandes.

 

 

 

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