A PRAIA DO CABO BRANCO
Como um quadro, uma tela
artística, bela aos olhos, retratamos a maravilhosa praia do Cabo Branco, é
dela que dedico esta crônica, é a ela que me esforço para chegar na percepção
de sua beleza e calmaria. É a praia do Cabo Branco, que separada das demais
praias da Capital, pelo busto do Almirante de Tamandaré, saúda os
pessoenses e paraibanos todos os dias que Deus lhes Dá.
A Praia
do Cabo Branco, dá vida a cidade,
desperta a alma do seu povo e encanta os seus visitantes, pela força de suas
ondas e o canto imaginário das sereias. Os olhos admirados e amigos percorrem toda a sua orla,parecendo ir ao seu
encontro, com a magia e fulgor de um ser, que busca e procura a chama da
liberdade e a felicidade sem fim.
Olhando
vai vendo nas espumas que se esparramam pela areia, banhistas animados ,
passantes nas sua calçadas, caminhando ou correndo, bicicletas de todas as cores, as vezes até os proibidos skates , tudo isso
misturado a barraquinhas oferecendo água
de coco doce, e outras bebidas e petiscos vários.
E as crianças que maravilha! Umas
em carrinhos com seus pais e irmãos, outras peraltas com bolas e pequenas bikes
enfeitadas, babás cuidadosas, cuidadoras de velhinhos atentas, e idosos relaxando ou fazendo exercícios, com
também jovens, em espaços próprios a
movimentos mil.
E lá está também os cachorrinhos
de coleiras, felizes com os seus donos, balançando os rabinhos, por vezes levantando a patinha em algum banco
de concreto ou poste encontrado, para o que podemos chamar de cantinho do alívio canino.
Passeando e caminhando, vamos, e
não é que encontramos a histórica casa do ilustre paraibano, escritor e
político, José Américo de Almeida, agora transformada em Fundação Casa, para
que seja sempre resgatado o seu nome e repassada a outras gerações , o seu exemplo
de homem público, que orgulha a nossa Paraíba. Nessas águas verdes ou azuis, frente a sua casa, gravado nas areias da praia está o seu nome, sempre banhada
pelas ondas que vem e vão, em movimentos sonoros e vibrantes, trazendo junto a
saudade de um tempo, que já se fora e o ânimo do tempo que se espera melhor.
Não esqueçamos do dia alegre do deficiente, do cadeirante,
que tem ali em frente a Fundação o Projeto de inclusão, que funciona a seu
favor, enfrentando os desafios e limites e
que sorrindo, vai dominando as águas quentinhas do mar.
A orla
do Cabo Branco, é fechada para carros das 5 às 8 horas da manhã, possibilitando assim aos caminhantes mais segurança e tranquilidade. Os bons hotéis estão ali, pousadas , clubes
sociais, restaurantes, lindas casas e edifícios de apartamentos. Acima deles
está a Constituição Estadual, que proíbe
a construção de espigões na orla marítima, a partir do quarto andar, em
preservação ao meio ambiente.
Deslumbrados,
chegamos a Ponta dos Seixas, cartão postal de nossas praias, pelas rochas que
aparecem como cascatas, vivas e iluminadas, mas que atualmente traz lamúrias
pelas suas pedras em erosão, lembrando o medo cantado por Raul Seixas, “
Aprendi , o segredo o segredo o segredo da vida, vendo as pedras que choram sozinhas no mesmo lugar”. Sonhamos então para que o ar, o
vento e as águas façam as pedras sorriem no mesmo lugar.
Na Paraíba, no Cabo Branco
fica o Ponto Extremo Oriental mais alto
das Américas, sofrendo com a degradação do meio ambiente, pelo avanço da área
com construções inadequadas , sem drenagens, causando danos significativos e
penosos. Que a Paraíba, o Cabo Branco, cante e sonhe, toque os seu tambores, soando lá de cima do Ponto
Extremo mais alto das Américas a sua canção de Amor e felicidade , na mesma altura que merece ser
entoada.
Esperemos que políticas públicas
inteligentes, que homens fortes e destemidos, que seu povo mais consciente
possível, tenham a ousadia a coragem e a sabedoria, sentindo o ar fresco da verde Mata Atlântica que contorna o
nosso litoral, vencer as intemperes do
tempo, preservar enfim a natureza bela
de nossas praias , do nosso eterno Cabo Branco, ofuscado pelo seu Farol, que brilha
e brilha para todos nós;
Viva a Paraíba! Viva nossa terra! nossas
praias! Cuidemos e sejamos mais
felizes.
Eliane
Dutra Fernandes.
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