quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Neuróbica

Neuróbica

Eliane Dutra Fernandes


Selecionamos  esta abordagem do texto a Saúde do Nosso Cérebro, que enfoca a questão da capacidade do mesmo, em relação à idade e stress do dia a dia.  São exercícios que contrariam a rotina, mas levam à estimulação do cérebro. Podemos dizer, segundo estudiosos, que são novas técnicas que possibilitam  melhorar a concentração, treinando a criatividade e inteligência.
Por ser um assunto interessante, e necessário para conhecimento de todos, definimos descrevê-lo em  forma de perguntas, para facilitar sua leitura. Assim sendo podemos iniciar com as seguintes questões:

1.       O cérebro depende de ser jovem para ter sua capacidade plena?
Não, o que precisamos é fazer uso da Neuróbica.

            2. O que é Neuróbica?
Neuróbica é uma espécie de aeróbica cerebral, ou seja, é uma alusão ao exercício físico.

3. Como podemos entender o declínio mental?
O declínio mental vem simplesmente da redução do número e complexidade de dentrites, que são os prolongamentos ramificados das células nervosas que processam as informações das outras células nervosas, formando  a base da memória.

            4. O que temos entre os dentrites?
Temos as sinapses (conexões) em nosso cérebro que fazem a comunicação (conexão) entre as células nervosas e o cérebro.

            5. Quando então esta capacidade do cérebro é reduzida?
Esta capacidade é reduzida quando há uma quebra nestas sinapses, o que vem dificultar a recuperação de informações antigas e reduzir a capacidade do cérebro de incluir novas informações na memória.

            6. Qual o objetivo da Neuróbica ?
O objetivo da Neuróbica é o de ajudar o cérebro a manter um nível permanente de capacidade, força e flexibilidade mental, isso na medida em que vai envelhecendo.

            7. Que procedimentos são utilizados pela Neuróbica?
A Neuróbica se utiliza de um programa de exercícios, que envolve combinações com nossos sentidos: visão, olfato, tato, paladar e audição, incluindo a emoção.

            8. Que experiências são oferecidas ao cérebro através dos exercícios?
Estes exercícios oferecem ao cérebro experiências inesperadas, que fogem da rotina, possibilitando que as diferentes áreas do cérebro entrem em conexão permitindo a produção de nutrientes naturais, como as neurotrofinas pelas  células nervosas.

            9. As Neurotrofinas, promovem a saúde das células nervosas e das sinapses, como isso acontece?
Isso acontece pelo aumento e complexidade das dentrites das células nervosas, e elas também, tornam as células ao redor mais fortes e resistentes ao envelhecimento.
            10. Que base cientifica tem a Neuróbica?
A Neuróbica tem como base científica os avanços de diversas pesquisas de como é a organização cerebral, como ele adquire e guarda informações e como certas atividades cerebrais produzem nutrientes naturais ao cérebro.

            11. Relacionado ao cérebro que dupla trabalha sem parar ?
A dupla que trabalha sem parar é o Córtex Cerebral e o Hipocampo.

            12. O que é Córtex Cerebral?
É a sede do aprendizado e é o responsável pelas faculdades da memória, linguagem e pensamento abstrato.
           
13.O que é Hipocampo?
O Hipocampo é o que coordena o recebimento de informações sensoriais que vem do Córtex, organizando-as em memórias as quais armazenam informações baseando-se em dois fatores  assim descritos: se a informação tem significado emocional ou se está relacionada a algo que já conhecemos.

            14. Juntos o que formam o Córtex e o Hipocampo?
Formam vínculos e associações, colocam em jogo os sentidos, e apresenta o Hipocampo como responsável pelos mapas mentais.

15. Que  tipos de exercícios são apropriados para manteremos a saúde do nosso cérebro?

- combine dois ou mais sentidos: escute uma música enquanto sente um perfume;
- vista-se de olhos fechados;
- faça  uma refeição com a família em silêncio;
- ouça músicas novas;
- assista a novos filmes;
- conheça pessoas diferentes;
- tome banho de olhos fechados, prestando atenção a cada movimento;
- tente tatear um clips, uma borracha, uma régua, um prego com a outra mão;
- experimente alimentos diferentes tapando o nariz;
- cultivar um jardim;
- realizar leituras.
- trocar de mãos para escovar os dentes

!6- Quais outros exercícios serviriam de experiências e testes, para mudanças de comportamento?

- use o relógio de pulso no braço direito
- escove os dentes com a mão contrária da de costume;
- vista-se de olhos fechados;
- ande pela casa de trás para frente;
-estimule o paladar, coma coisas diferentes;
- veja fotos de cabeça para baixo;
- veja as horas num espelho;
- faça um novo caminho para ir ao trabalho;
- converse com o vizinho que nunca dá bom dia...

sábado, 26 de novembro de 2011

Transtornos e Dificuldades de Aprendizagem


Transtornos e Dificuldades de Aprendizagem
Entendendo melhor os alunos com Necessidades Educativas Especiais

O livro Transtornos e Dificuldades de Aprendizagem, pelos temas abordados, apresenta-se de  forma impactante, pelo fato de vir contribuir indistintamente com o desenvolvimento de práticas educativas, com conhecimentos teóricos necessários a educadores de modo geral, no  entendimento dos alunos que precisam  de um atendimento específico as suas necessidades especiais
 Atualmente, vivenciamos  um momento histórico mundial e nacional, que é o da inclusão educacional de maneira ampla e irrestrita, uma educação de qualidade nessa perspectiva.
Este livro, que teve como organizadoras Simaia Sampaio e Ivana Braga, nasceu desse desejo despertado pela própria Simaia, quando de sua participação na Plataforma de Interatividade/Diagnóstico da Psicopedagoga Valéria Tiusso,  que vem contribuindo sobremaneira para compreensão do fazer psicopedagógico.
Todas as abordagens são de autoras psicopedagogas, que fazem parte dessa plataforma, e que tiveram essa oportunidade de interagir com a Simaia, muito feliz nessa idéia de editar esse livro, que começou de forma simples, mas tendo à frente o entusiasmo e  ação repassados por essa profissional experiente  e comprometida com a causa psicopedagógica. Essa é mais uma de suas obras, pois dela já conhecem-se Dificuldades de Aprendizagem: A Psicopedagogia na relação sujeito, família e escola e Manual Prático do Diagnóstico Psicopedagógico, fora outros trabalhos.
Para uma visão do que o livro apresenta relacionamos as abordagens com suas respectivas autoras, obedecendo a mesma ordem do sumário:
Distúrbio de Aprendizagem: numa perspectiva de interface entre saúde e educação. (Francisca M. A. de Andrade Sousa) Aspectos Neuropsicopedagógicos da Dislexia e sua influência em sala de aula. (Simaia Sampaio) Discalculia: ressignificar para intervir na sala de aula. (Joselma Gomes da Silva), Disortografia: distúrbio ou falta de oportunidade? (Roneide Valeriano), Disgrafia: uma análise Psicopedagógica e Psicomotora de crianças com dificuldades na escrita (Maria Theresa Báos Bianchi), Distúrbio do Processamento Auditivo central- DEPAC (Carla S. N. Rodrigues Oliveira), TDAH: Contribuições para o desenvolvimento acadêmico (Ivana Braga de Freitas), Autismo e Síndrome de Asperger: caminhos possíveis (Rosanita Moschini Vargas), síndrome do X- Frágil: conhecer para reconhecer (Simaia Sampaio), Síndrome de Down: desvendando os mistérios da inclusão
(Márcia Alessandra P. Machado), Psicomotricidade: um passo para vencer as dificuldades de aprendizagem (Eliane Dutra Fernandes), Psicomotricidade: corpo e pensamento em ação (Danielle Manera Ramalho), Uma análise sobre a importância da Afetividade na Organização Funcional do Cérebro para a Construção da aprendizagem Humana ( Giovana Cucker Del Castanhel).

terça-feira, 22 de novembro de 2011

domingo, 20 de novembro de 2011

Transtornos e Dificuldades de Aprendizagem


Lançado em novembro de 2011, na Bienal do Livro em Salvador, o livro Transtornos e Dificuldades de Aprendizagem, que teve como organizadoras Simaia Sampaio e Ivana Braga, contém trabalhos de vários autores, tratando de temas diversificados, que interessam a todos que se dedicam a questões psicopedagógicas

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Ser Poeta

 Ser poeta
                                Flavio S. Fernandes

Ser poeta
não é saber rimar nem versejar.
Ser poeta é saber construir
imagens reluzentes.
Ser poeta]não é saber usar metáforas.
Ser poeta
é, simplesmente,
desejar o mundo
e contentar-se com uma flor

Símbolo da Psicopedagogia


                 O símbolo da Psicopedagogia foi eleito por maioria de votos
                 no VIII Congresso Brasileiro de Psicopedagogia, 
                realizado em São Paulo, de 9 a 11 de julho de 2009.

Oficina blocos lógicos

                                 
Oficina de Atendimento Educacional Especializado
                                             
                                                                Eliane D. Fernandes
                                                                                               

Materiais Para trabalhar conjuntos

Blocos lógicos

São 48 peças de madeira ou plástico.

Podem ser confeccionados em cartolina ou cartão, eliminando-se o atributo espessura ou trocando grosso e fino por um furo e sem furo (ou outra marca qualquer). Mas com madeira o manuseio é melhor, além de ser um  material mas durável.

Formas: Quadrados                               
              Triângulos
              Retângulos
              Círculos

Tamanho: Grande
                 Pequeno

Cores:    Amarelo
              Vermelho
              Azul

Espessura: Grosso
                   Fino


Começar usando a linguagem da criança para,  ir construindo uma linguagem mais complexa.
No estudo de lógica  e conjuntos, os blocos lógicos são muito úteis.

Sugestões de como trabalhar:
1.                                      Jogo livre. Deixe o aluno brincar livremente para promover a familiarização com o material. Depois que ela manusear um pouco, começa a classificar as cores, espontaneamente. Dessa forma ela está construindo o concreto pensado. Espontaneamente ou mesmo sugerido pelo professor, ela vai classificar por formas, tamanhos e espessuras, conhecendo os quatro atributos de cada peça. Começa a dar nomes : telhado ou chapéu aos triângulos,  bola aos círculos, etc.
2.                                      Jogo de reconhecimento. Solicitar do aluno que mostre o quadrado vermelho, grande, fino ou então o triângulo azul, pequeno, fino, etc.. Fazer o contrário depois: mostrar uma peça e pedir a descrição (são sempre quatro atributos e mais, se o professor quiser, exemplo: é de madeira,  é bonito, etc.). Formar conjuntos; conjunto dos quadrados, conjunto das peças vermelhas, etc. Com um giz, pode-se fazer uma curva simples fechada no chão e pedir que coloque ali os quadrados ou as peças vermelhas.
3.                                      Jogo das diferenças. Mostrar duas peças e pedir para que apontem as diferenças, ex: um quadrado, vermelho, grande, fino, e um círculo, vermelho, grande, grosso. Nesse caso as diferenças serão duas: a forma e a espessura, explicadas como puderem.
4.                                      Jogo do trenzinho ( de uma diferença, nem mais , nem menos) Distribuir as peças pelas crianças. Começar o jogo por uma criança que deve  colocar no centro da mesa uma peça qualquer ( um círculo azul, pequeno, grosso); a segunda criança deve colocar ao lado da primeira peça uma outra que possua uma diferença e três permanências ( um círculo azul, grande e grosso); a brincadeira continua tendo como  referência qualquer uma das peças das pontas. Quando a criança não tiver nenhuma peça para colocar, pula a vez. Ganha o jogo quem colocar todas as peças primeiro.
5.                                      Jogo da seriação. Colocar em fila as peças para o aluno descobrir a regra e continuar. Ex: quadrado, (círculo, triângulo, triângulo, quadrado, retângulo círculo). Resposta, considerando as cores das peças. Ex: amarelo, azul, vermelho amarelo, azul, vermelho, formando uma seqüência de cores com quaisquer formas, tamanhos ou espessuras. Pode-se fazer seqüência de formas: triângulo, quadrado, circulo, triângulo, quadrado, círculo....
6.                                      Jogo do não. Solicitar uma peça que não tenha determinado atributo. Ex: formar um conjunto das peças que não são triângulos, etc. Dessa forma familiariza a criança com a negação, com o conjunto complementar.



Referencial:
Neto, Rosa Ernesto
Didática da Matemática
11ª edição Ed. Ática, SP

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Formação de Professores Para Atuar Na Área de Altas Habilidades/Superdotação


Formação de Professores Para Atuar Na Área de Altas Habilidades/Superdotação

Eliane Dutra Fernandes

As práticas voltadas ao aluno com AH/SD trazem a clareza de que esse aluno necessita de experiências diversificadas que venham contribuir para o desenvolvimento do seu potencial. Essa questão nos chama a atenção, uma vez que esses alunos necessitam na realidade de ajuda, para que esse desenvolvimento de fato aconteça.
Dentre as várias experiências de aprendizagem, citamos a do “enriquecimento curricular, que permite ao aluno completar em menor tempo um determinado conteúdo”, ocorrendo a oportunidade de acréscimo de outros conteúdos mais abrangentes, que vão preenchendo a necessidade do aluno no espaço de tempo deixado pelo estudo concretizado do conteúdo anterior, a investigação de forma mais ampla, os tópicos que estão sendo cursados ou o desenvolvimento em determinadas áreas específicas de conhecimento de projetos originais.
No texto de Veloso, é falado que Pérez, Rodriguez e Fernandez (1998) acreditam que para atender a diversidade de habilidades, interesses e estilos, esse sistema é o que oferece mais alternativas, isto porque pode ser organizado de acordo com a especificidade de cada caso, e é o que demanda mais investimento, tanto na área financeira, como no da formação de professores especializados e de disponibilidade de materiais.
São muitos os benefícios a esses alunos, nas duas formas que esse sistema de enriquecimento pode assumir. O enriquecimento do conteúdos curriculares, do contexto de aprendizagem e o de enriquecimento extracurriculares. O primeiro envolve adaptações curriculares, ampliações curriculares, tutorias e monitorias.
Em Veloso, achamos que para Freeman e Guenther (2000) as atividades de enriquecimento “não são uma dieta suplementar de aprendizagem”. A proposta é a de tornar o processo educativo o mais individualizado possível. Essas são as chamadas adaptações significativas, as adaptações não significativas são alterações mais focalizadas e menos abrangentes.
Para se fazer a ampliação existem duas possibilidades: a ampliação de forma vertical, que se restringe a uma área específica, e a ampliação horizontal que envolve duas disciplinas integradas em um projeto.
Uma outra forma é o do enriquecimento do contexto de aprendizagem. Nele encontramos a opção que pode ser dada ao aluno, como diversificação do currículo, com os contextos enriquecimento e o contexto enriquecimento combinado com agrupamentos flexíveis..
O Modelo de Enriquecimento Escolar de Joseph Renzulli, mostra todas essas possibilidades e com maestria do autor apresenta atividades que dão oportunidades a esses alunos de desenvolverem seus talentos. Por ser um modelo amplo, ele oportuniza ao educador conhecer caminhos importantes para implantar o programa, visando ao atendimento de forma satisfatória onde a estimulação e o desenvolvimento de habilidades provocam a produção de conhecimentos.. Em Veloso ela fala que este modelo propõe o desenvolvimento de três tipos de atividades: experiências exploratórias, atividades de aprendizagem e projetos individuais ou em grupo. Este modelo pode ser implementado nas escolas sem contudo necessitar de muitas mudanças na sua estrutura .
Vamos encontrar também, em documento emanado do Ministério da Educação, que alunos com AH/SD devem cursar, como os demais alunos, a escola regular comum, nos diferentes níveis de escolaridade. Fora os atendimentos na classe regular comum, esses alunos podem ser atendidos nas salas de recursos e por meio do ensino itinerante.
O conceito de alunos com AH/SD, dado pelo estudioso e pesquisador Joseph Renzulli, aparece com muita força para a identificação desse aluno. Ele faz referência a três grupos básicos de traços mais freqüentes nessas pessoas, que são: capacidade acima da média, envolvimento/empenho com a tarefa e elevados níveis de criatividade.
Para identificação desse aluno, consideramos também como informações os tipos de altas habilidades, adotados pelo Ministério de Educação ( MEC), com manifestações de potencialidades que podem ser combinados entre si, tipo talento e tipo psicomotor.
Ao se pensar no planejamento para identificação de aluno com AH/SD, é essencial o conhecimento do aluno. Selecionamos e relacionamos alguns pontos que consideramos importantes: organização de grupos de alunos, estudos de cada um, utilização de estratégias investigativas, observação do aluno quanto ao seu desenvolvimento em todos os níveis etc.
Votando-se para aprendizagem teremos outros pontos a observar nesse aluno, a exemplo de: vocabulário, conhecimentos pelo aluno de algo mais específico, memória. Outras questões são vistas: criatividade, interesse, comportamento, persistência e aspectos emocionais sociais e de personalidade.
Fazemos aqui uma referência a Gardner, com a sua teoria das Inteligências Múltiplas. Esta teoria vem propor a inteligência como habilidades que permitem ao individuo resolver problemas ou criar produtos que são importantes em determinado ambiente cultural ou comunidade. Nos seus estudos, Gardner propõe oito inteligências diferentes que ele descreve no seu trabalho e que aqui ressaltamos como uma teoria que veio contribuir em conceitos novos a respeito da identificação do aluno com AH/SD.
As concepções e os novos paradigmas sobre Educação em fase na inclusão vem a partir da “Conferência Mundial Sobre Educação para Todos” em Jomtien, na Tailândia, seguindo em 1994 para a Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais, em Salamanca na Espanha. Esta declaração, busca abranger ao máximo, todas as pessoas excluídas da escola, inclusive faz referencia ao superdotado, não como superdotado mas como “bem dotado”. Politicamente e Constitucionalmente o país avançou, o que é reafirmado quando define como modalidade de educação escolar a Educação Especial, “oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades Especiais” (Brasil, 1996, in Veloso).
Verifica-se documentos normativos e legais, que amparam o aluno com AH/SD, tais como, Documentos Orientadores do MEC, dos Conselhos de Educação, dos legislativos, ou seja a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Nº 9394/96, a nossa maior Lei, a Carta Magna - a Constituição, a lei 8069/90 que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Resolução Nº 02/2001, que institui as Diretrizes Nacionais de Educação Básica para a Educação Especial, uma espécie de instruções sobre os aspectos a serem considerados durante o processo de inclusão.
Como vemos, os encontros, seminários, debates, os movimentos dos Conselhos dos pais de alunos com AH/SD, as parcerias, enfim tudo são destaques neste contexto que vivenciamos. É uma luta de todos e um reforço às propostas de Políticas Públicas do país.


Referências Bibliográficas

ANTUNES, Celso. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. 10ª ed Petrópolis –RJ. Vozes 1998

CHAGAS, Jane Farias et al. A Construção de Práticas Educacionais para Alunos com altas habilidades/Superdotação. Modelo de Enriquecimento Escolar. MEC- Volume II – Brasília 2007

SERIQUE, Luiz Antonio Almeida. Os Direitos Do Superdotado, Assegurado pela Lei De Diretrizes e Bases De Educação Nº 9394/96 CEFEt- PA

VELOSO, Márcia Maria Xavier . Disciplina Formação de Professores. CEFET- PA

Desperdício de talentos

O processo de construção de escolas inclusivas, vem contribuir para um ensino de qualidade e um atendimento a diversidade. Entendemos, portanto, que o aluno com características de altas habilidades e superdotação, assim como outros da educação especial, têm as suas chances de desenvolvimento e crescimento pessoal, com muito mais relevância.
As mudanças nos sistemas educacionais são necessárias e urgentes, em torno desta temática e outras. Necessário se faz a capacitação constante dos professores e de toda comunidade escolar, o investimento em programas inovadores e desafiadores e o fortalecimento das salas de recursos voltadas ao atendimento a esses alunos. O incentivo, a motivação e a valorização, devem estar presentes na atuação do professor e na formação da clientela.
Visualizamos o brilho de cada um, em um futuro onde se registrarão as contribuições valiosas ao progresso da nossa nação, longe do desperdício de talentos.

O brinquedo e a zona de desenvolvimento proximal.

Para que o indivíduo desenvolva-se plenamente, necessita da interação com as outras pessoas ou grupo social em que ele está inserido O seu aprendizado vai depender dessas relações. Para Vygotsky  há dois níveis de desenvolvimento: um; referente às conquistas já efetivadas que ele denomina de zona do desenvolvimento real  e outro, que ele chama de nível de desenvolvimento proximal ou potencial, relacionado as capacidades a serem construídas.
Relacionando este último conceito ao brinquedo, vemos que a criança, na realização de algumas tarefas, se mostra capaz de fazê-las, só que mediante a ajuda de outra pessoa, ou seja, ela realiza a atividade ou soluciona problemas através da experiência  compartilhada, do diálogo, da colaboração, da imitação e das pistas fornecidas. No caso em que a criança tem que montar um quebra cabeça com muitas peças, ela só o conseguirá com ajuda de alguém que já tem experiência nesse tipo de jogo.
Enfim o brincar estimula a zona do desenvolvimento proximal, uma vez que a aprendizagem se dá de uma forma interativa proporcionando a socialização do saber e da cultura.